Sobre a matéria, essa quantidade contratada é bem mais pé no chão do que números divulgados em reportagens de várias fontes ao longo dos últimos anos, que chegaram a falar em 72 caças (algo absurdo quando se sabe que a atual frota de caças do Qatar é de 12 jatos Mirage 2000-5).
Mais recentemente, passou-se a falar em 24 a 36 aeronaves, e esta compra pelo jeito ficou no número mais baixo e factível (24). Os 12 restantes para completar 36 caças, segundo a Reuters, tornaram-se opções de compra:
http://in.reuters.com/article/2015/04/30/france-qatar-rafale-idINKBN0NL0Z120150430
“Eleven planes will be delivered each year from mid-2018. Dassault Chief Executive Eric Trappier told BFM TV Qatar had an option to buy 12 more planes.”
Essa compra 24 + 12 opções é algo bem mais factível não só financeiramente (não que o Qatar não tenha dinheiro, mas também tem outras compras de armamento a fazer), mas também operacionalmente, já que o Qatar não quer depender apenas de treinamento de seus pilotos no exterior, e por isso contratou em 2012 a entrega de um sistema de treinamento baseado em 24 turboélices PC-21, que quando funcionar a pleno vapor poderá fornecer pilotos até demais para apenas 24 caças Rafale. Outra coisa a se saber (quem sabe algo seja dito na segunda-feira) é o destino dos doze Mirage 2000-5 deles a partir de 2019, quando as entregas de Rafale já deverão somar o mesmo número (12), permitindo sua substituição (grosso modo, pois há o tempo para ser considerado plenamente operacional na Força Aérea do Qatar).
Fica então a dúvida se a recompra desses jatos Mirage 2000-5 faria parte do acordo (como já se aventou muitas vezes) ou se eles serão mantidos em operação, pelo menos nos primeiros anos, junto aos novos caças, para substituição apenas no caso da opção de compra de 12 caças Rafale adicionais ser exercida.